Cirurgia de Catarata em Curitiba

A cirurgia de catarata é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo, com milhões de pessoas sendo beneficiadas a cada ano. Apesar da alta prevalência, muitas dúvidas cercam esse procedimento que é fundamental para restaurar a visão. A catarata é uma condição que pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade ou histórico médico, sendo mais comum em pessoas com mais de 60 anos. O entendimento profundo sobre a cirurgia de catarata, suas etapas, riscos e benefícios é crucial, especialmente para aqueles que estão considerando se submeter a essa intervenção oftalmológica.

O que é a catarata e como ela afeta a visão

A catarata é uma opacificação do cristalino, a lente natural do olho, que com o tempo perde sua transparência, interferindo na visão. A opacidade ocorre devido a alterações nas proteínas do cristalino, resultando em uma visão embaçada, desfocada e muitas vezes com a percepção de cores alterada. Esse processo é lento e progressivo, o que faz com que os sintomas possam demorar a ser notados.

A formação de catarata pode ser causada por diversos fatores, incluindo:

  • Envelhecimento natural, sendo a causa mais comum
  • Exposição prolongada à radiação ultravioleta
  • Uso prolongado de medicamentos corticosteroides
  • Traumas oculares
  • Doenças como diabetes

Quando a visão é comprometida de tal forma que interfere nas atividades diárias, como ler, dirigir ou reconhecer rostos, a cirurgia de catarata se torna uma opção recomendada pelos oftalmologistas. A evolução da medicina oftalmológica tornou essa intervenção altamente segura e eficaz, proporcionando a recuperação da visão em um curto período de tempo.

Como a cirurgia de catarata é realizada

A cirurgia de catarata é considerada minimamente invasiva e, na maioria das vezes, é realizada em regime ambulatorial, o que significa que o paciente pode retornar para casa no mesmo dia do procedimento. A técnica mais utilizada atualmente é a facoemulsificação, um método que utiliza ondas de ultrassom para fragmentar o cristalino opaco, permitindo sua remoção por pequenas incisões.

O procedimento segue as seguintes etapas:

  1. Anestesia local: O paciente recebe anestesia local ou colírios anestésicos para garantir que não haja dor durante a cirurgia.
  2. Pequenas incisões: O cirurgião faz uma pequena incisão no olho, geralmente com cerca de 2 a 3 milímetros, para acessar o cristalino.
  3. Facoemulsificação: Um aparelho de ultrassom é inserido no olho através da incisão para fragmentar o cristalino em pequenas partículas, facilitando sua remoção.
  4. Aspiração do cristalino: Após a fragmentação, o cristalino é aspirado, deixando o espaço onde ele estava vazio.
  5. Implante da lente intraocular (LIO): No lugar do cristalino removido, uma lente artificial, chamada lente intraocular, é inserida para restaurar a função óptica. Essas lentes podem ser monofocais, multifocais ou tóricas, dependendo das necessidades visuais do paciente.
  6. Fechamento da incisão: A maioria das incisões feitas durante a cirurgia de catarata são tão pequenas que não requerem suturas. Elas se fecham naturalmente, promovendo uma cicatrização rápida.

Recuperação após a cirurgia de catarata

A recuperação após a cirurgia de catarata é geralmente rápida e sem complicações. Na maioria dos casos, os pacientes percebem uma melhora significativa na visão nas primeiras 24 a 48 horas após o procedimento. Contudo, a recuperação total pode levar algumas semanas, durante as quais o paciente deverá seguir algumas orientações médicas para garantir o sucesso da cirurgia e evitar complicações.

Entre os cuidados recomendados no pós-operatório, destacam-se:

  • Evitar esfregar os olhos
  • Utilizar colírios prescritos pelo oftalmologista para prevenir infecções e reduzir a inflamação
  • Evitar atividades físicas extenuantes por algumas semanas
  • Usar proteção ocular, como óculos de sol, para evitar exposição à luz forte
  • Evitar entrar em piscinas ou no mar durante o período de cicatrização

Apesar de a maioria das pessoas experimentar uma recuperação tranquila, é importante estar atento a sintomas que possam indicar complicações, como dor intensa, vermelhidão acentuada ou perda repentina da visão. Nesses casos, é fundamental procurar o oftalmologista imediatamente.

Tipos de lentes intraoculares (LIOs) disponíveis

A escolha da lente intraocular (LIO) a ser implantada durante a cirurgia de catarata é um dos fatores mais importantes no sucesso do procedimento. As LIOs substituem o cristalino natural, restaurando a capacidade de foco do olho. Existem diferentes tipos de lentes intraoculares, e a escolha adequada depende das necessidades visuais de cada paciente.

  1. Lentes monofocais: Essas lentes proporcionam boa visão à distância, mas os pacientes ainda podem precisar de óculos para leitura ou visão de perto.
  2. Lentes multifocais: Oferecem uma solução mais completa, permitindo boa visão em várias distâncias (longe, intermediária e perto), reduzindo ou eliminando a necessidade de óculos.
  3. Lentes tóricas: São projetadas para corrigir o astigmatismo, além de melhorar a visão à distância.
  4. Lentes acomodativas: Tentam imitar a capacidade de acomodação natural do olho, ajustando o foco para diferentes distâncias. Embora menos comuns, são uma opção interessante para quem busca independência dos óculos.

A decisão sobre o tipo de lente a ser utilizada deve ser discutida com o oftalmologista, levando em consideração o estilo de vida do paciente, suas expectativas e necessidades visuais.

Possíveis complicações da cirurgia de catarata

Embora a cirurgia de catarata seja considerada uma das mais seguras, como qualquer procedimento cirúrgico, ela não está isenta de riscos. Felizmente, as complicações graves são raras, mas é importante que os pacientes estejam cientes dos possíveis efeitos colaterais e problemas que podem surgir.

As complicações mais comuns incluem:

  • Infecção ocular (endoftalmite): Uma infecção no interior do olho que, embora rara, pode ser grave e requer tratamento imediato.
  • Descolamento de retina: Embora também seja uma complicação rara, o descolamento de retina pode ocorrer após a cirurgia de catarata e pode levar à perda de visão se não tratado rapidamente.
  • Opacificação da cápsula posterior: Com o tempo, algumas pessoas podem desenvolver uma opacidade na cápsula que sustenta a lente intraocular, o que pode causar uma visão turva semelhante à catarata original. Isso pode ser tratado com um procedimento rápido e indolor chamado capsulotomia a laser.
  • Inflamação e edema: Inflamação leve no olho é comum após a cirurgia e geralmente é tratada com colírios anti-inflamatórios. O edema macular cistoide, um inchaço na retina, pode ocorrer em alguns casos, mas também é tratado com medicamentos apropriados.

Estar ciente dessas possíveis complicações e seguir todas as recomendações do oftalmologista são medidas fundamentais para minimizar os riscos e garantir o sucesso da cirurgia.

Quem são os candidatos ideais para a cirurgia de catarata?

Nem todas as pessoas que desenvolvem catarata precisam se submeter à cirurgia imediatamente. O oftalmologista avaliará a gravidade da opacificação do cristalino e os impactos que a condição está tendo na qualidade de vida do paciente antes de recomendar a cirurgia.

Os principais candidatos para a cirurgia de catarata incluem:

  • Pessoas cuja visão está suficientemente comprometida, dificultando atividades cotidianas como ler, dirigir ou assistir televisão.
  • Pacientes que, mesmo com óculos ou lentes de contato, ainda sentem dificuldade em enxergar de maneira clara.
  • Pessoas que precisam de uma visão de alta qualidade para determinadas atividades profissionais ou hobbies.

Em alguns casos, a cirurgia pode ser recomendada precocemente, especialmente quando a catarata está em estágio inicial, mas já está interferindo na visão. No entanto, para muitas pessoas, a decisão de operar é adiada até que a perda visual seja significativa.

O futuro da cirurgia de catarata

Com os avanços contínuos na tecnologia médica, o futuro da cirurgia de catarata promete ser ainda mais promissor. Novas técnicas cirúrgicas, como o uso de lasers de femtossegundo para maior precisão nas incisões e na fragmentação do cristalino, já estão sendo implementadas, tornando o procedimento ainda mais seguro e eficiente.

Além disso, pesquisas estão sendo realizadas no desenvolvimento de lentes intraoculares inteligentes, capazes de ajustar automaticamente o foco, proporcionando uma visão perfeita em todas as distâncias, sem a necessidade de óculos.

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