Cirurgia de Retinopexia em Curitiba

A saúde ocular desempenha um papel crucial na nossa qualidade de vida, e a cirurgia de retinopexia surge como uma das intervenções mais importantes no tratamento de condições que ameaçam a visão, como o descolamento de retina. Essa condição ocorre quando a retina, uma fina camada de tecido sensível à luz localizada na parte posterior do olho, se separa de sua posição normal. O descolamento de retina pode causar perda parcial ou total da visão, tornando a intervenção médica rápida essencial para preservar a função ocular. A retinopexia é um procedimento fundamental nesse contexto, sendo amplamente utilizada por oftalmologistas em todo o mundo.

O que é a retinopexia e por que é tão importante?

A retinopexia é um procedimento cirúrgico oftalmológico destinado a reparar descolamentos de retina e prevenir danos adicionais à visão. Para entender melhor a importância dessa cirurgia, é essencial primeiro compreender o que a retina faz e como seu descolamento afeta a visão. A retina é uma camada de células nervosas que captura a luz que entra no olho e a converte em sinais elétricos, os quais são enviados ao cérebro. Se a retina se descola, essa transmissão de sinais é interrompida, levando a sintomas que podem variar desde flashes de luz e visão turva até uma perda completa da visão.

O descolamento de retina pode ocorrer por vários motivos, incluindo traumas oculares, condições pré-existentes, como a miopia severa, e complicações de cirurgias oculares anteriores. Quando a retina se descola, o tempo é essencial. A falta de tratamento imediato pode resultar em danos permanentes à visão, pois a retina perde seu suprimento de oxigênio e nutrientes vitais.

A retinopexia é realizada em duas formas principais: a retinopexia pneumática e a retinopexia com introflexão escleral. Ambas têm como objetivo reposicionar a retina em seu lugar adequado e permitir sua cicatrização. O tipo de procedimento a ser utilizado depende da gravidade do descolamento e das características individuais do paciente. Independentemente da técnica escolhida, a retinopexia tem o potencial de restaurar a visão e prevenir novas complicações oculares.

Tipos de retinopexia: abordagens diferentes para casos específicos

Existem diversas abordagens na realização da retinopexia, sendo que cada uma delas é escolhida com base no tipo de descolamento de retina, na condição ocular do paciente e nas preferências do cirurgião oftalmologista. As principais técnicas incluem:

  • Retinopexia pneumática: esse é um procedimento relativamente simples e menos invasivo, frequentemente indicado para descolamentos de retina menos complexos. Durante a retinopexia pneumática, o cirurgião injeta uma bolha de gás no vítreo (a substância gelatinosa no interior do olho), que ajuda a empurrar a retina de volta à sua posição correta contra a parede ocular. A bolha de gás mantém a retina no lugar enquanto o cirurgião realiza o tratamento adicional, como o uso de laser ou crioterapia (congelamento) para selar a ruptura na retina. O paciente precisa manter a cabeça em uma posição específica por um período após o procedimento para garantir que a bolha de gás permaneça na posição correta até que a retina se fixe.
  • Retinopexia com introflexão escleral: esse procedimento é mais complexo e é geralmente indicado para casos de descolamento de retina mais graves ou que envolvam múltiplas rupturas na retina. Durante a retinopexia com introflexão escleral, uma faixa de silicone é colocada ao redor do olho, criando uma leve pressão que empurra a parede ocular em direção à retina. Isso permite que a retina se realinhe em sua posição correta. Além disso, o cirurgião pode utilizar técnicas adicionais, como o uso de laser ou crioterapia, para garantir que as bordas da ruptura da retina estejam devidamente seladas. Esse tipo de cirurgia pode exigir uma recuperação mais prolongada, mas é altamente eficaz para tratar descolamentos de retina mais complexos.

Passo a passo da retinopexia pneumática: como o procedimento é realizado

O processo de retinopexia pneumática envolve várias etapas, todas meticulosamente planejadas para garantir a eficácia do procedimento e minimizar os riscos para o paciente. A seguir, estão as principais fases do procedimento:

  1. Preparação e anestesia: antes da cirurgia, o paciente recebe anestesia local, o que significa que estará acordado, mas não sentirá dor no olho. A anestesia local é preferida porque a retinopexia pneumática é um procedimento relativamente rápido e minimamente invasivo.
  2. Inserção da bolha de gás: o oftalmologista insere uma pequena bolha de gás no olho, especificamente na cavidade vítrea, usando uma agulha muito fina. Essa bolha é composta de gás expansível, o que significa que, após ser inserida, ela começará a aumentar ligeiramente de tamanho dentro do olho, pressionando suavemente a retina descolada para que ela volte a aderir à parede ocular.
  3. Posicionamento da cabeça: após a inserção da bolha de gás, o paciente precisará manter a cabeça em uma posição específica, geralmente de bruços ou inclinada para o lado. Isso é crucial para garantir que a bolha de gás fique posicionada corretamente e faça a pressão necessária na área afetada pela ruptura da retina. O oftalmologista fornecerá orientações claras sobre como manter a cabeça posicionada e por quanto tempo.
  4. Fixação da retina: uma vez que a bolha de gás tenha reposicionado a retina corretamente, o cirurgião pode utilizar crioterapia ou um laser para selar as rupturas na retina. A crioterapia congela as bordas da ruptura, criando cicatrizes que ajudam a manter a retina aderida à parede do olho. O laser, por sua vez, utiliza calor para selar as rupturas da mesma forma.
  5. Pós-operatório e recuperação: após o procedimento, o paciente precisará continuar mantendo a cabeça na posição indicada pelo médico por um período, geralmente alguns dias. Isso é fundamental para garantir que a bolha de gás continue pressionando a retina até que ela se fixe de maneira estável. A bolha de gás será gradualmente absorvida pelo olho ao longo de algumas semanas, e a visão retornará gradualmente conforme a retina cicatriza.

Retinopexia com introflexão escleral: uma técnica robusta para casos mais complexos

Embora a retinopexia pneumática seja uma opção eficaz para descolamentos de retina menos complexos, a introflexão escleral oferece uma abordagem mais robusta para tratar casos em que o descolamento é mais extenso ou envolve múltiplas rupturas. A seguir, exploramos o passo a passo desse procedimento mais complexo:

  1. Incisão escleral: após anestesiar o paciente, o cirurgião realiza pequenas incisões na esclera (a camada branca do olho) para permitir o acesso à retina descolada. Esse passo inicial é necessário para colocar a faixa de silicone em volta do olho.
  2. Colocação da faixa de silicone: uma faixa de silicone é então suturada ao redor do olho, criando uma leve pressão externa que ajuda a empurrar a retina descolada de volta à sua posição. Essa faixa fica permanentemente no lugar, mas não interfere na aparência externa do olho, uma vez que fica totalmente interna.
  3. Uso de técnicas adicionais de fixação: semelhante à retinopexia pneumática, o cirurgião pode utilizar crioterapia ou laser para selar as rupturas da retina e garantir que ela permaneça aderida à parede ocular. A combinação da pressão exercida pela faixa de silicone e o selamento das rupturas ajuda a estabilizar a retina.
  4. Recuperação e cuidados pós-operatórios: o tempo de recuperação da introflexão escleral tende a ser um pouco mais longo do que o da retinopexia pneumática, uma vez que o procedimento é mais invasivo. O paciente pode sentir algum desconforto ocular nos primeiros dias após a cirurgia e precisará de acompanhamento regular para garantir que a retina esteja cicatrizando adequadamente.

Quando é necessário realizar a cirurgia de retinopexia?

Nem todos os casos de descolamento de retina requerem cirurgia de retinopexia, mas há situações em que a intervenção cirúrgica é indispensável. Em geral, a retinopexia é indicada quando o descolamento de retina é extenso ou progressivo, ou quando há múltiplas rupturas na retina que não podem ser tratadas com métodos menos invasivos. Além disso, fatores como a saúde geral do olho, a idade do paciente e a presença de outras condições oculares podem influenciar a decisão de realizar a cirurgia.

Os sinais que podem indicar a necessidade de uma retinopexia incluem:

  • Visão turva ou distorcida
  • Flashes de luz no campo de visão
  • Um aumento repentino no número de “moscas volantes”
  • A sensação de uma “cortina” ou sombra cobrindo parte do campo de visão

Esses sintomas podem ser indicativos de um descolamento de retina em progresso, e a consulta imediata com um oftalmologista é essencial para diagnosticar a condição e determinar o tratamento adequado.

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