Cirurgia de Sutura de Córnea em Curitiba

A cirurgia de sutura de córnea é um procedimento vital na oftalmologia, destinado a restaurar a integridade da superfície ocular após traumas ou condições patológicas que resultem em lesões na córnea. A córnea, sendo a camada mais externa do olho e essencial para a refração da luz e proteção dos tecidos internos, exige cuidados especializados quando é danificada. Neste artigo, exploraremos em detalhes o que envolve a cirurgia de sutura de córnea, as técnicas mais usadas, as condições que podem exigir esse procedimento, bem como o processo de recuperação e prognóstico do paciente.

A importância da córnea e as lesões que exigem sutura

A córnea desempenha um papel crítico no sistema óptico humano, responsável por cerca de dois terços do poder refrativo do olho. Ela é composta por cinco camadas, cada uma delas com funções específicas que garantem sua transparência e proteção. Quando ocorrem lesões na córnea, como perfurações, lacerações ou ulcerações, o comprometimento dessa estrutura pode levar à perda de visão ou até à perfuração ocular.

Os tipos de lesões que geralmente demandam a cirurgia de sutura de córnea incluem:

  • Lacerações corneanas profundas: cortes na córnea que podem penetrar em várias camadas, necessitando de intervenção cirúrgica para restaurar a integridade do tecido.
  • Perfurações oculares: traumas que provocam a ruptura da córnea e necessitam de fechamento imediato para evitar complicações graves, como endoftalmite.
  • Úlceras corneanas avançadas: infecções que corroem as camadas da córnea, muitas vezes exigindo sutura para evitar a progressão da lesão.

Essas lesões podem resultar de uma variedade de causas, incluindo traumas físicos, acidentes de trabalho, cirurgias mal-sucedidas ou infecções graves. A sutura é uma técnica fundamental nesse processo, pois ela garante o fechamento adequado da lesão, preservando a função ocular e prevenindo complicações secundárias.

Técnicas de sutura na cirurgia de córnea

Existem várias técnicas de sutura corneana, cada uma adaptada às especificidades da lesão, do estado do olho e da necessidade de preservação visual do paciente. O tipo de fio utilizado, o padrão da sutura e a posição das mesmas no tecido corneano são fatores essenciais que influenciam no resultado cirúrgico.

Uma das técnicas mais comuns é a sutura contínua, onde um único fio é usado para fechar a lesão ao longo de toda a extensão da mesma. Esse método permite uma distribuição uniforme da tensão ao longo da ferida, reduzindo o risco de deformidades e astigmatismos induzidos. Outra abordagem frequentemente utilizada é a sutura em pontos individuais, indicada para lesões maiores ou com bordas irregulares. Aqui, cada ponto é dado separadamente, permitindo maior controle sobre a tensão em áreas específicas.

Além disso, o tipo de fio usado na sutura também é um aspecto importante. Os fios de náilon são os mais usados devido à sua durabilidade e facilidade de manuseio. Em casos onde há necessidade de absorção do material de sutura, fios biodegradáveis, como os de ácido poliglicólico, podem ser preferidos.

  • Sutura contínua: usada em lesões menores e retas, promove uma cicatrização uniforme.
  • Sutura em pontos individuais: indicada para lesões grandes e irregulares, oferece maior controle da tensão.
  • Uso de diferentes materiais de sutura: os fios não absorvíveis, como o náilon, são amplamente utilizados, mas há casos em que fios absorvíveis podem ser mais indicados.

O procedimento cirúrgico em si

A cirurgia de sutura de córnea é um procedimento delicado e complexo, exigindo um oftalmologista experiente e equipamentos de alta precisão. O primeiro passo é a avaliação detalhada da lesão, utilizando tecnologias como a microscopia especular e a tomografia de coerência óptica (OCT), que permitem visualizar as camadas da córnea e identificar a extensão da lesão.

O paciente é colocado sob anestesia local ou geral, dependendo da gravidade da lesão e do estado clínico. A cirurgia começa com a limpeza da área ao redor do olho e a retirada de qualquer tecido necrosado ou detrito na córnea, preparando a área para a sutura. A seguir, o cirurgião insere os pontos de sutura, tomando cuidado para alinhar corretamente as bordas da lesão e evitar a formação de cicatrizes que possam comprometer a visão. Cada ponto é dado sob magnificação para garantir precisão absoluta.

Ao final da cirurgia, um curativo oclusivo é colocado sobre o olho, e o paciente é instruído a manter repouso e seguir rigorosamente as orientações pós-operatórias.

O pós-operatório e a recuperação

O processo de recuperação após a cirurgia de sutura de córnea pode variar bastante, dependendo da gravidade da lesão, da resposta individual do paciente e do cuidado pós-operatório. Nos primeiros dias após a cirurgia, o olho pode apresentar desconforto, visão turva e sensibilidade à luz. O uso de colírios antibióticos e anti-inflamatórios é essencial para prevenir infecções e controlar a inflamação.

Os pontos de sutura podem permanecer no olho por várias semanas a meses, dependendo do tipo de fio utilizado e da velocidade de cicatrização do paciente. Durante esse período, o oftalmologista realiza acompanhamentos regulares para monitorar a recuperação, ajustar medicamentos e verificar a tensão das suturas.

Entre as principais recomendações para o paciente estão:

  • Evitar esfregar os olhos, pois isso pode deslocar os pontos de sutura.
  • Usar o colírio prescrito rigorosamente, para prevenir infecções e reduzir a inflamação.
  • Proteger o olho de traumas adicionais, utilizando óculos de proteção se necessário.
  • Comparecer a todas as consultas de acompanhamento para monitorar a cicatrização.

Em alguns casos, pode ser necessário remover os pontos de sutura em uma segunda intervenção, especialmente se houver desconforto persistente ou irregularidades na superfície da córnea.

Complicações potenciais e manejo

Como qualquer procedimento cirúrgico, a sutura de córnea não está isenta de riscos. Algumas complicações potenciais incluem infecções, cicatrizes corneanas e astigmatismo induzido pela cirurgia. A infecção é uma preocupação séria, pois pode levar à endoftalmite, uma condição potencialmente devastadora que pode resultar em perda total da visão. Por isso, a higiene rigorosa e o uso adequado de antibióticos são críticos no pós-operatório.

Outro risco é a formação de cicatrizes na córnea, que podem comprometer a qualidade da visão, mesmo após a cicatrização completa da lesão. Para minimizar esse risco, técnicas avançadas de sutura e o uso de terapias adjuvantes, como colírios esteroides, são frequentemente empregados. O astigmatismo induzido pela sutura é outro efeito colateral comum, especialmente quando há irregularidades na tensão dos pontos de sutura. Nesses casos, pode ser necessário ajustar os pontos ou até realizar um procedimento adicional para corrigir a curvatura da córnea.

A cirurgia de sutura de córnea é um procedimento indispensável em casos de traumas oculares e lesões corneanas severas. Graças aos avanços na tecnologia cirúrgica e ao aperfeiçoamento das técnicas de sutura, os resultados têm se tornado cada vez mais satisfatórios, com taxas de recuperação visual altas. No entanto, como qualquer intervenção oftalmológica, o sucesso da cirurgia depende não apenas da habilidade do cirurgião, mas também do comprometimento do paciente em seguir as recomendações pós-operatórias e realizar o acompanhamento necessário.

Esta intervenção é fundamental para garantir que o olho retorne à sua função normal, restaurando tanto a integridade física quanto a qualidade visual do paciente.

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