Cirurgia de Xantelasma em Curitiba

O xantelasma é uma condição que pode parecer meramente estética à primeira vista, mas para muitos pacientes, principalmente quando associada a questões de saúde subjacentes, pode se tornar um verdadeiro incômodo. Trata-se de pequenas placas amareladas, localizadas principalmente nas pálpebras superiores ou inferiores, e que, por vezes, são indicativas de problemas metabólicos, como o colesterol elevado. Apesar de ser considerada uma lesão benigna, sua presença incomoda esteticamente e, em alguns casos, pode interferir no campo visual, dependendo de sua localização e tamanho. Isso leva muitos pacientes a procurarem uma solução definitiva, o que geralmente resulta na indicação de cirurgia para remoção do xantelasma.

A cirurgia de xantelasma é um procedimento relativamente simples do ponto de vista técnico, mas exige um cuidado minucioso por parte do oftalmologista-cirurgião, uma vez que envolve áreas delicadas como as pálpebras, que desempenham um papel crucial na proteção ocular. Além disso, essa região é extremamente visível e sensível, o que significa que qualquer erro pode levar a consequências estéticas e funcionais significativas. Para médicos e pacientes, é importante entender todos os aspectos desse procedimento, desde as causas do xantelasma, passando pela avaliação pré-operatória, até o cuidado pós-cirúrgico e os resultados esperados.

O que é o Xantelasma?

O xantelasma palpebral é caracterizado pelo acúmulo de depósitos de gordura na pele das pálpebras. Essas lesões surgem como pequenas elevações amareladas ou esbranquiçadas, geralmente próximas ao canto interno dos olhos, podendo se apresentar em ambas as pálpebras, superior e inferior. A causa mais comum está relacionada ao distúrbio do metabolismo lipídico, com níveis elevados de colesterol LDL (conhecido como “mau colesterol”) ou triglicerídeos, que resultam em depósitos de gordura na derme. No entanto, o xantelasma também pode ocorrer em indivíduos com níveis normais de colesterol, sem que haja, necessariamente, uma correlação direta com problemas metabólicos.

Em termos de prevalência, o xantelasma é mais comum em pessoas acima dos 40 anos, sendo observado com maior frequência em mulheres. A presença dessas lesões não representa riscos diretos à visão, mas, dependendo do seu crescimento, pode gerar desconforto visual ou interferir no fechamento das pálpebras. Esse aspecto funcional é um dos fatores que levam muitos pacientes a optar pela cirurgia.

Como Funciona a Cirurgia de Xantelasma?

A remoção cirúrgica do xantelasma pode ser realizada de diferentes formas, dependendo da extensão das lesões e da preferência do cirurgião oftalmológico. O objetivo da cirurgia é remover os depósitos de gordura sem comprometer a função das pálpebras ou causar cicatrizes visíveis que comprometam a aparência do paciente. Os métodos mais comuns incluem:

  • Excisão tradicional com bisturi: Nessa técnica, o cirurgião faz uma pequena incisão ao redor do xantelasma, removendo-o cuidadosamente. Em seguida, a pele é suturada de maneira a minimizar cicatrizes. Esse método é bastante eficaz e costuma ser utilizado para lesões maiores.
  • Eletrocoagulação: Consiste na aplicação de corrente elétrica controlada na área afetada para destruir o tecido do xantelasma. É um método menos invasivo e pode ser ideal para lesões menores.
  • Laser de CO2: O uso do laser de dióxido de carbono é cada vez mais popular em cirurgias estéticas devido à sua precisão e menor chance de cicatrizes. Ele vaporiza o tecido gorduroso do xantelasma de maneira precisa e controlada, reduzindo o risco de sangramento e o tempo de recuperação.
  • Crioterapia: Essa técnica utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar o xantelasma, destruindo as células afetadas. Embora seja menos utilizada, pode ser uma opção em casos específicos.

Cada uma dessas técnicas tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha do método depende de uma avaliação criteriosa realizada pelo oftalmologista. A condição da pele do paciente, o tamanho do xantelasma e as preferências individuais também influenciam essa decisão.

A Avaliação Pré-Operatória e os Cuidados Necessários

Antes de decidir pela cirurgia de xantelasma, o paciente deve passar por uma avaliação detalhada com o oftalmologista e, muitas vezes, com outros especialistas, como um endocrinologista ou cardiologista, para descartar ou tratar possíveis condições subjacentes relacionadas ao metabolismo de lipídios. Embora o xantelasma seja, em muitos casos, uma questão puramente estética, sua associação com distúrbios lipídicos pode significar que há um risco aumentado de doenças cardiovasculares. Assim, a abordagem multidisciplinar é fundamental para garantir que o paciente receba o tratamento adequado para sua condição de saúde como um todo, além da remoção das lesões.

Outro aspecto importante da avaliação pré-operatória é a análise da espessura da pele da pálpebra e da posição das lesões. Isso é necessário para planejar a abordagem cirúrgica mais segura e eficaz, minimizando o risco de complicações como cicatrizes visíveis ou disfunção palpebral.

No período pré-operatório, é comum que o paciente receba orientações sobre a interrupção do uso de medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento, como anticoagulantes ou aspirina. Além disso, é importante que o paciente evite a exposição solar excessiva antes da cirurgia, uma vez que a pele danificada pelo sol pode ter uma recuperação mais lenta.

O Procedimento Cirúrgico em Detalhes

No dia da cirurgia, o procedimento geralmente é realizado com anestesia local, o que garante conforto ao paciente sem a necessidade de hospitalização. Após a administração da anestesia, o cirurgião começa a remoção da lesão utilizando a técnica escolhida, conforme o tamanho e a localização do xantelasma.

A excisão do xantelasma é uma técnica que exige precisão, principalmente quando se utiliza o bisturi. O cirurgião deve garantir que a margem ao redor da lesão seja adequada para evitar recidivas, ao mesmo tempo em que preserva ao máximo a pele saudável ao redor. Isso é particularmente importante nas pálpebras, uma região que tem uma das peles mais finas e sensíveis do corpo humano.

Durante o procedimento com laser, a vantagem é a capacidade de destruir as células do xantelasma com mínima invasão, o que reduz significativamente o tempo de recuperação. Contudo, o laser exige uma destreza técnica igualmente apurada, para que a quantidade correta de energia seja aplicada, evitando danos ao tecido circundante.

Cuidados Pós-Operatórios e Resultados Esperados

Após a cirurgia de xantelasma, o paciente deve seguir uma série de cuidados específicos para garantir uma boa recuperação e evitar complicações. O tempo de recuperação varia dependendo da técnica utilizada, mas, em geral, o processo de cicatrização leva entre 7 a 10 dias. Durante esse período, é comum que o paciente experimente algum inchaço e vermelhidão nas pálpebras, especialmente nos primeiros dias após a cirurgia.

Algumas recomendações comuns no pós-operatório incluem:

  • Evitar esfregar ou coçar a área operada.
  • Aplicar pomadas antibióticas prescritas pelo médico para prevenir infecções.
  • Manter a área limpa e seca, evitando a exposição direta à água até que as suturas sejam removidas, caso haja.
  • Evitar exposição solar direta, utilizando protetor solar e óculos escuros.
  • Não realizar atividades físicas intensas nas primeiras semanas após a cirurgia.

Os resultados finais da cirurgia são geralmente muito satisfatórios, com uma significativa melhoria estética e funcional. As cicatrizes tendem a ser discretas e a desaparecer gradualmente com o tempo, especialmente quando os cuidados pós-operatórios são seguidos adequadamente.

No entanto, em alguns casos, o xantelasma pode voltar a se formar, especialmente se o paciente não tratar as condições metabólicas subjacentes, como o colesterol elevado. Por essa razão, é fundamental que o paciente mantenha acompanhamento médico regular para monitorar seus níveis de lipídios e adotar mudanças no estilo de vida, como uma dieta balanceada e prática de exercícios físicos.

Possíveis Complicações da Cirurgia

Embora a cirurgia de xantelasma seja considerada segura, como qualquer procedimento cirúrgico, ela não está isenta de riscos. As complicações, embora raras, podem incluir:

  • Cicatrizes visíveis: Embora os cirurgiões sejam treinados para minimizar cicatrizes, algumas pessoas podem desenvolver cicatrizes hipertróficas ou queloides, especialmente se tiverem predisposição genética.
  • Infecção: Como em qualquer cirurgia, há o risco de infecção, especialmente se os cuidados pós-operatórios não forem seguidos corretamente.
  • Alterações na função das pálpebras: Em casos raros, a remoção excessiva de pele pode causar dificuldades no fechamento das pálpebras, resultando em uma condição chamada lagoftalmo.

Entretanto, quando realizada por um cirurgião experiente e com uma avaliação pré-operatória adequada, a maioria dessas complicações pode ser evitada ou tratada de forma eficaz.

A cirurgia de xantelasma é um procedimento que vai além da estética, pois pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes ao eliminar lesões que podem interferir no campo visual ou causar desconforto. Embora o procedimento seja relativamente simples, a precisão técnica do cirurgião e o cuidado no período de recuperação são essenciais para garantir um bom resultado. O sucesso da cirurgia está diretamente relacionado não apenas à remoção da lesão, mas também à abordagem das causas subjacentes, como o controle do colesterol e de outras condições metabólicas. Para aqueles que procuram uma solução definitiva para o xantelasma, a cirurgia oferece uma opção segura e eficaz, desde que realizada por um profissional qualificado e com os cuidados necessários.

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